Plano Municipal de Arborização Urbana: Garantia de uma Cidade Mais Sustentável para Todos

Plano Municipal de Arborização Urbana: Garantia de uma Cidade Mais Sustentável para Todos

Você sabe qual é a importância do Plano Municipal de Arborização Urbana e quais são as etapas que auxiliam na elaboração desse projeto? Confira um pouco mais sobre o assunto acompanhando este artigo com a gente!

De acordo com o Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001), é obrigação dos municípios formular e executar seu plano diretor, assim como seu plano de desenvolvimento urbano com o intuito de garantir o direito a uma cidade mais sustentável para as presentes e futuras gerações. Portanto, quando o assunto é uma cidade mais sustentável, a arborização urbana não pode deixar de ser mencionada.

Além de desempenhar diversos benefícios urbanos, como o controle do clima, qualidade do ar, fornecimento do lazer e turismo (entre outros aspectos que você verá mais adiante), ela também exerce funções estéticas, ecológicas, socioeconômicas, educativas e psicológicas com a ampliação de áreas verdes e a proteção da biodiversidade.

E é diante desse cenário que o Plano Municipal de Arborização Urbana vem para potencializar cada uma dessas vantagens. Estimulando o aumento da diversidade de espécies do local e promovendo a qualidade de vida da população.

Quais Aspectos Devem ser Levados em Consideração para que o Plano de Arborização seja Realizado de Forma Adequada?

Diagnóstico da Arborização Urbana do Município:

Antes que qualquer etapa do planejamento seja iniciada, é essencial fazer uma análise minuciosa sobre a real situação em que o município se encontra. Isso permitirá que as soluções mais apropriadas sejam encontradas e colocadas em prática.

Sendo assim, o levantamento de informações quali-quantitativas da arborização de ruas acaba sendo um ponto importante desse processo. Podendo ser realizado através de inventário total (censo) ou inventário por amostragem.

No caso de cidades que apresentam pequena malha urbana ou arborização incipiente (ou seja, inicial), é recomendado que se utilize o primeiro inventário mencionado, uma vez que o censo permite a obtenção total das informações da população estudada ou, em outras palavras, a vistoria de todas as vias públicas da área urbana do município.

Já em cidades com grande quantidade de árvores, o inventário de amostragem torna-se uma solução mais prática, avaliando de 2 a 10% a população de árvores, fornecendo estimativas suficientes (a um certo grau de confiabilidade) para os fins de manejo.

De toda forma, independente do critério escolhido, os dados de cada árvore, como a localização, características (espécie, diâmetro do tronco, altura, etc), bem como as características da via em que ela se encontra devem ser coletados.

Mapeamento das Árvores Existentes:

Localização da vegetação arbórea e arbustiva, localização dos troncos, distância do meio-fio, distância da edificação e recuo predial, distância de cruzamentos, distância entre árvores, mapa de arruamento com a identificação das árvores cadastradas (cada uma com um código próprio). Todos esses detalhes devem estar contidos no mapeamento das amostras públicas, etapa seguinte ao Diagnóstico.

E mais: tudo isso deve ser feito com a elaboração de mapas temáticos, apresentados a partir de cadastro georreferenciado por um profissional habilitado.

Mapeamento do Entorno da Arborização:

Além de mapear as árvores, o mapeamento de todo o entorno também merece atenção.

Considerado um recurso de gestão indispensável para identificar e otimizar os processos do Plano de Arborização, tem contribuição significativa para a identificação de falhas e implantação de melhorias contínuas.

Portanto, esses são alguns itens fundamentais que deverão compor esse mapeamento: mapa do solo, cadastro da rede de água, dados da rede de distribuição de energia, cadastro da rede coletora de esgoto, dados da pavimentação urbana, entre outros.

Com essas informações, áreas que estão em conflito com infraestruturas de utilidade pública (fiação e risco de queda, por exemplo) poderão ser especificadas.

Da mesma forma que o mapeamento anterior, também deve ser apresentado a partir de cadastro georreferenciado elaborado por profissional legalmente habilitado.

Análise de Risco:

Existe algum tipo de vegetação arbórea senescente ou de risco no município? Espécies exóticas invasoras, vegetação com características inadequadas ao local ou árvores que apresentam pragas, como cupins e fungos?

Pontos críticos como estes devem ser elencados cuidadosamente durante a análise de risco e é justamente a partir desse estudo que a ordem de prioridade para o planejamento e manejo da arborização urbana será estruturada.

Como o Plano de Arborização Urbana Deve Ser Feito?

Depois que todas as etapas mencionadas acima estiverem organizadas é que se começa a pensar no Plano de Arborização Urbana. Para isso, determinadas normas precisam ser obedecidas a fim de garantir que os valores culturais, ambientais e a memória da cidade sejam respeitados.

Em resumo, podemos dizer que todas as ideias inseridas nesse planejamento devem estar de acordo com a realidade da cidade. Lembrando que sua finalidade é contribuir para a biodiversidade do local, proporcionando melhorias na condição do ambiente e o máximo de conforto à população.

Esse tipo de trabalho pode então ser norteado por algumas questões: o quê, como, onde e quando plantar. E é a partir de estudos (conhecimento da vegetação da região, análise de espécies não recomendadas, procedimentos de plantio e replantio, poda, supressão de espécies, monitoramento, tombamento, etc), aliados a um plano de manejo constante e eficiente que se pode ter condições de responder a essas perguntas.

Quais São os Benefícios que a Arborização Urbana pode Proporcionar à População?

  • Absorção da poluição atmosférica;
  • Sombreamento e proteção contra os ventos;
  • Diminuição da poluição sonora;
  • Purificação do ar;
  • Absorção de parte dos raios solares;
  • Abrigo e alimento para avifauna;
  • Contribuição para o balanço hídrico;
  • Valorização da qualidade de vida local;
  • Educação ambiental.

E você, o que acha da ideia de tornar a sua cidade mais verde, garantindo a qualidade de vida de toda a população?

Como você pôde observar, através da elaboração do Plano Municipal de Arborização é possível se pensar em maneiras de reflorestamento que, além de resgatar determinadas áreas, também auxiliam na preservação do meio ambiente.

Aqui, no estado do Paraná, existe um manual para que esse plano seja elaborado de acordo com todas as orientações previstas.

Se a sua cidade deseja fazer parte dessa iniciativa, entre em contato conosco e saiba mais! Em conjunto com a Prefeitura, podemos trabalhar para que essa manutenção aconteça de forma segura e muito bem estruturada.

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